quarta-feira, 9 de maio de 2012

Zinco e Câncer de Próstata


Evidências circunstanciais indicam que o Zinco (Zn) tem um papel importante no metabolismo prostático. Teores totais nesta glândula chegam a ser 10 vezes maior que em outros tecidos. Entretanto, as concentrações de Zn nas células cancerígenas da próstata estão significativamente reduzidas.

Estudo realizado pela Universidade Estadual da Escola de Medicina de Wayne em parceria com a Universidade do Centro Científico Médico de Wisconsin (EUA), utilizou ratos para dosar os efeitos do Zn no desenvolvimento de câncer prostático. Após a pesquisa, os pesos tumorais foram significativamente mais elevados nos ratos que tiveram consumo deficientes ou elevados de Zinco, sugerindo que uma ingestão dietética equilibrada pode desempenhar papel protetor.

Dois hormônios possuem efeitos diretos no controle do câncer: IGF-1 e IGFBP-3. Níveis elevados de IGF-1 e baixos de IGFBP-3 estimulam o câncer; portanto, o ideal é termos níveis baixos de IGF-1 e altos de IGFBP-3.




A resposta dos ratos em relação ao Zn:
- Consumo insuficiente (Control): IGF-1 alto (ruim) e IGFBP-3 normal.
- Consumo suficiente (30): IGF-1 baixo (bom) e IGFBP-3 normal.
- Consumo elevado (150): IGF-1 alto (ruim) e IGFBP-3 normal.

Podemos concluir, novamente, que o equilíbrio é a chave. Nem muito, nem pouco. Apenas o suficiente.


Referência Bibliográfica:

Prasad, A.; Hasan, M.; Frances, B.; Vagar, A.; Imtiaz, S.; Maria, D.; Bilal, H.; Omer, K. “Dietary Zinc and Prostate Cancer in the TRAMP mouse model”. Departament of Internal Medicine Division of Hematology/Oncology, Wayne State University and Department of Dermatology, University of Wisconsin, Madison, USA.
Journal of Medical Food. 2010 Feb; 13(1): 70-76.

Paulo Mendes

Nutricionista - CRN 6683/DF

paulo@paulomendes.ntr.br



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